segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Olimpíadas 2016: bom para quem?

Qualquer evento esportivo é digno de elogio e incentivo, tendo em vista seu caráter de propagação da saúde, do espírito de amizade, competição e de superação de limites. No caso das olimpíadas do Rio de Janeiro, que serão realizadas em 2016, preocupam dois fatores:
- a multiplicação dos números que foram anunciados, em relação aos investimentos necessários. Falou-se no dia do anúncio, em 25 bilhões de reais. O Governador do Rio, hoje, fala em investimentos na ordem de 100 bilhões;
- materiais que custam normalmente cem reais, custarão quinhentos reais, graças à prática já conhecida de superfaturamento. Mas o dinheiro não vem da iniciativa privada? Vem, mas também conhecemos os processos de licitação com cartas marcadas, terceirização de serviços para apadrinhamentos, e por aí vai.
E as inúmeras denúncias que existem sobre o senhor Carlos Nuzman, o garoto propaganda 2016 e presidente do COB? Sobre os jogos Pan-Americanos de 2007, já existe julgamento do Tribunal de Contas da União condenando :
- o COB;
- Ministerio dos Esportes;
- a empresa Fast Engenharia e Montagem;
- a empresa Voetur Turismo;
- a JZ Engenharia e Comercio.
Tudo isso, apenas em uma rápida pesquisa que realizei. Nas olimpíadas de 2016, vamos assistir a tudo isso novamente, e em ritmo de samba? Parece que sim: para o dia do anúncio da eleição da cidade sede, já foi decretado ponto facultativo no Rio de Janeiro...

Greve dos bancários

Infelizmente, a greve é a nossa única alternativa (garantida pela Constituição) para a arrogância e o descaso da FENABAN. As entidades sindicais apresentaram suas reivindicações em Julho deste ano, para que até o mês do dissídio, Setembro, houvesse uma proposta de aumento digna por parte dos patrões. Só foi oferecido 4,5% de aumento.
Os bancários contam apenas com negociação e greve para obter melhores condições de salário e de trabalho. É o que estamos fazendo.